Criado em 2002, o programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica (PROINFA) está ampliando a produção de pequenas hidrelétricas e termelétricas de biomassa agrícola (de bagaço de cana à palha de arroz e resíduos de madeira). Só a produção brasileira de arroz, acima de 10 milhões de toneladas ao ano, produz mais de 2 milhões de toneladas de casca, capazes de gerar de 200 MW a 250 MW de energia, segundo dados oficiais.
O Proinfa organiza, também, o aumento do atual parque eólico brasileiro. Pelos dados do Ministério de Minas e Energia, antes desse programa a produção eólica era de apenas 28,5 MW de potência instalada, mas, em dezembro de 2006, a potência já atingia 236,8 MW. Em 2006 foram inaugurados os parques eólicos de Osório, de Sangradouro e dos Índios, cada um com 50 MW, todos no Rio Grande do Sul; no outro canto do Brasil, no Rio Grande do Norte, começou a funcionar a usina eólica Rio do Fogo, com 49 MW. Os dois estados são conhecidos pela força de seus ventos. A meta para este ano é acrescentar mais 1.400 MW na nossa matriz com energia eólica.
Um aspecto particularmente importante desse programa é promover a geração elétrica a partir de lixo urbano. Em 26 de setembro de 2007, por exemplo, foi realizado no Brasil o primeiro leilão para a compra de créditos de carbono, previsto pelo Protocolo de Kyoto, por uma instância pública: a prefeitura de São Paulo.
Ela recebeu de um banco holandês 34,5 milhões de reais por 808.450 créditos de carbono de sua sociedade (50%) na usina que gera eletricidade queimando gases produzidos pelo lixo do Aterro Sanitário Bandeirantes. A outra parte, de igual volume, foi vendida pelos sócios. Cada crédito correspondeu a 1 tonelada de gases do efeito estufa que o aterro deixou de emitir entre dezembro de 2003 e dezembro de 2006. Nesse período, 1,6 milhão de toneladas de gases deixaram de poluir o ar e viraram dinheiro.
Bagaço de cana
A energia solar também está em crescimento no Brasil, tanto com a tecnologia fotovoltaica (para eletricidade) quanto a heliotérmica (para aquecer água). A principal barreira é o custo ainda elevado da tecnologia fotovoltaica. Mesmo assim, o governo já contabilizava 30 mil sistemas fotovoltaicos instalados no país até 2004.
Também em 2003 veio o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que pretende abraçar tanto a produção agroindustrial de larga escala, com soja, quanto os pequenos produtores de mamona, dendê, entre outras plantas das quais se extraem óleos vegetais. O programa prevê a adição contínua de óleo vegetal ao diesel, em proporções e metas anuais, e também está provocando uma corrida de investimentos nesse novo ramo da área de energia.
Palha de arroz
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Esse meio alternativo de energia sempre existiu, mas os responsáveis nunca admitiram. Por que pensavam eles que o Petróleo sempre ia existir seria infinito, ironia, agora tem que correr contra o tempo antes que seja tarde, a verdade é essa sem máscaras eles sempre sabiam do Biocombustível mas não admitiam. Agora é correr contra o tempo.
É uma espécie de energia muito boa! Até porque a pouco tempo tudo isso era jogado fora. Então economizar,conservar e correr para que ainda haja tempo para mudarmos todos os problemas que enfrentamos.
Postar um comentário